O sol escaldante do Rio Grande do Norte preocupa por causa dos riscos de doenças de pele. De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE-rn), Natal está em terceiro lugar no ranking das cidades com maior incidência de raios ultravioleta no mundo inteiro. "À exceção dos dias de inverno, a capital do Rio Grande do Norte tem o maior índice de raios UV do Brasil, o segundo maior índice das Américas (só perde para La Paz, na Bolívia) e, só tem índices menores do que os registrados na Austrália", diz Francisco Raimundo da Silva, coordenador do laboratório de ozônio do INPE-RN, em Natal. O índice médio na capital oscila entre 10 e 11, numa escala de 0 a 16, nunca atingido em parte alguma do planeta.
O índice é considerado entre "Muito Alto" e "Extremo". A partir de 11 é considerado extremo e requer uso de proteção solar, especialmente para evitar câncer de pele. "O nosso meio-dia solar, por volta das 11h20 da manhã, é quando o céu está a pino. E dependendo do horário de exposição ao sol, recomendamos protetor solar, boné, chapéu de aba longa (tipo sombreiro, de 7 cm), roupas de algodão". As recomendações se destinam especialmente aos trabalhadores que permanecem no sol durante muito tempo, como motoqueiros, agricultores, pescadores e funcionários de construção civil.
Raimundo defende, inclusive, que o costume de evitar sol após 10h da manhã seja ampliado para mais cedo. "Entre as 9h20 e até às 13h30 o índice é muito alto. Depois diminui, mas a atenção deve se manter", diz o professor. A explicação para a incidência tão alta reside no fato de que o Estado tem mais de 200 dias de céu claro durante o ano todo. "Outras regiões do Brasil com alta incidência, como a Ilha de Marajó e a Amazônia, e países na linha do Equador, se diferenciam por causa das nuvens", explica Raimundo.
Câncer de pele
A alta incidência de raios ultravioleta em Natal é um dos principais motivos para a preocupação dos dermatologistas com o aumento do número de casos decâncer de pele. No ano passado foram 2.930 casos no RN, sendo 1.280 em homens e 1.650 em mulheres. Os números se referem apenas aos casos de câncer de pele não-melanoma, também chamado baso-celular, mais comum entre agricultores e pescadores, provocados pela exposição prolongada ao sol. A capital tem, ao todo, 740 casos, a maioria em mulheres (390). No Brasil, foram 53.410 novos casos registrados no ano passado. Somente para 2011, são esperados 113.850 novos casos. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Outro risco é o de câncer de pele melanoma, a forma mais agressiva da doença. "É provocado pela exposição solar aguda. É a forma mais rara do câncer de pele, mas a incidência cresce no mundo inteiro", conta a dermatologista Patrícia Freire, da regional Natal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-RN). "Isso tem nos preocupado por causa do índice da recorrência da metástase e de mortes nesse tipo de câncer. Se não for tratado muito precocemente é perigoso por ser muito agressivo", enfatizou.No Estado, em 2010, foram 20 casos melanomas registrados em homens. O número de mulheres com a doença não chega a quinze, por isso os dados não são disponibilizados pelo INCA.
A alta incidência de raios ultravioleta em Natal é um dos principais motivos para a preocupação dos dermatologistas com o aumento do número de casos decâncer de pele. No ano passado foram 2.930 casos no RN, sendo 1.280 em homens e 1.650 em mulheres. Os números se referem apenas aos casos de câncer de pele não-melanoma, também chamado baso-celular, mais comum entre agricultores e pescadores, provocados pela exposição prolongada ao sol. A capital tem, ao todo, 740 casos, a maioria em mulheres (390). No Brasil, foram 53.410 novos casos registrados no ano passado. Somente para 2011, são esperados 113.850 novos casos. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Outro risco é o de câncer de pele melanoma, a forma mais agressiva da doença. "É provocado pela exposição solar aguda. É a forma mais rara do câncer de pele, mas a incidência cresce no mundo inteiro", conta a dermatologista Patrícia Freire, da regional Natal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-RN). "Isso tem nos preocupado por causa do índice da recorrência da metástase e de mortes nesse tipo de câncer. Se não for tratado muito precocemente é perigoso por ser muito agressivo", enfatizou.No Estado, em 2010, foram 20 casos melanomas registrados em homens. O número de mulheres com a doença não chega a quinze, por isso os dados não são disponibilizados pelo INCA.
Fonte: Diário de Natal - 15. 10.11
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